Mulher recorre a bilhete para solicitar auxílio.

A Justiça decidiu soltar Givanildo Silvestre Porfírio da Silva, que havia sido preso em flagrante por agredir a esposa no bairro Feitosa, em Maceió. A vítima deixou um bilhete de socorro. O juiz determinou que Givanildo deverá cumprir medidas cautelares, incluindo o uso de uma tornozeleira eletrônica, e que sua esposa seja incluída na lista de mulheres protegidas pela Patrulha Maria da Penha.

O agressor foi liberado durante a audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (24). A decisão do juiz foi fundamentada nas medidas cautelares que serão aplicadas, visando garantir a segurança da vítima e o cumprimento da lei. Givanildo será monitorado por uma tornozeleira eletrônica, o que permitirá a fiscalização de seus deslocamentos, e sua esposa receberá proteção especial da Patrulha Maria da Penha.

O caso veio à tona após a vítima deixar um bilhete de socorro na porta de sua residência. Uma vizinha encontrou o bilhete e imediatamente acionou a polícia. Segundo o relato da mulher, ela foi agredida pelo marido na presença do filho de apenas 2 anos. O agressor estava embriagado e tomou o celular da vítima. Ela pediu o aparelho de volta, o que resultou em uma discussão violenta. Sem o celular, a mulher não conseguia pedir ajuda, então resolveu escrever o bilhete.

Durante seu depoimento, o suspeito confirmou a discussão originada pelo celular, mas negou ter agredido a esposa. Alegou que pegou o aparelho apenas para assustá-la. Entretanto, quando a polícia chegou ao local, a vítima apresentava vários machucados, evidenciando a violência sofrida. O marido também afirmou ter começado a arrumar suas malas para deixar o relacionamento, mas foi impedido pela esposa. Segundo ele, após essa discussão, foi dormir e acordou com a chegada da polícia.

Os policiais responsáveis pela ocorrência relataram que o agressor estava em um estado alterado e se recusou a acompanhar os agentes até a delegacia, o que exigiu o uso de algemas para contê-lo. A situação exigiu atuação rápida para garantir a integridade física da vítima e impedir que o autor das agressões fugisse.

A decisão da Justiça em soltar o agressor gerou polêmica e levantou questionamentos sobre a efetividade da aplicação da Lei Maria da Penha. Apesar de cumprir medidas cautelares, Givanildo estará novamente em liberdade, podendo ter contato com a vítima. A inclusão da esposa na lista de mulheres protegidas pela Patrulha Maria da Penha visa garantir sua segurança, mas não evita que novas agressões possam ocorrer. Resta acompanhar o desenrolar do caso e torcer para que a vítima esteja segura e protegida.

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