Mulher presa por stalking em shopping de Maceió é transferida para avaliação psicológica após suspensa audiência de custódia.

Uma mulher foi presa no último domingo, 3 de setembro, em um shopping localizado no bairro Cruz das Almas, em Maceió, acusada de stalking, uma prática criminosa que, neste caso, se agrava pelo fato de a vítima ser menor de idade. A detenção gerou grande repercussão e, na segunda-feira, 4 de setembro, sua audiência de custódia foi suspensa e ela foi transferida para o Hospital Escola Portugal Ramalho, onde irá receber cuidados médicos e acompanhamento psicológico.

O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) informou que a transferência para uma unidade de saúde foi feita devido à necessidade de uma avaliação psicológica da acusada. De acordo com a legislação vigente, principalmente a resolução 478/2023, é obrigatório que detentos que apresentem sinais de transtornos mentais sejam avaliados por uma equipe multidisciplinar antes de suas audiências de custódia. Nesse sentido, o TJAL explicou que a mulher demonstrava indícios de transtorno mental, fator que justifica a busca por uma análise mais aprofundada antes que se tome qualquer decisão sobre sua prisão ou eventual liberdade.

A profissional de saúde, que possui registro ativo como médica no Distrito Federal e em Goiás, vive sozinha em Maceió e, durante seu depoimento à polícia, revelou que sofre de esquizofrenia, além de estar enfrentando um quadro depressivo em decorrência de uma recente separação. Esse contexto levanta questionamentos sobre a saúde mental da acusada e a adequação das medidas tomadas pelo sistema judiciário no tratamento de pessoas com tais condições.

O incidente destaca a necessidade de um olhar mais cuidadoso sobre questões relacionadas à saúde mental, especialmente em casos que envolvem delitos e acusações graves. A legislação brasileira garante que a proteção à saúde mental deve sempre ser priorizada, considerando as particularidades de cada situação e buscando evitar a estigmatização de indivíduos com transtornos. A expectativa é que a avaliação psicológica traga informações suficientes para que o juiz possa decidir com clareza sobre o futuro da mulher, levando em conta tanto o aspecto legal quanto a saúde dela. A sociedade aguarda agora os desdobramentos desse caso que une os campos jurídico e psiquiátrico.

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