O motivo de tamanho alvoroço em torno do incidente envolvendo Maria Cristina foi o fato de que ela recebe uma pensão militar de R$ 13.471,00 mensais, dividida com sua irmã, como herança da carreira de seu pai, o ex-tenente e coronel do Exército Brasileiro, Virgílio da Silva Rocha. Ambas as irmãs nunca se casaram, o que garantiu a continuidade do benefício após a morte do militar.
Durante sua visita à residência de Lula, Maria Cristina causou tumulto ao insultar um policial federal, chamando-o de “macaco” e “gorila”. A atitude resultou em sua condução para a Superintendência da PF e posterior prisão por injúria racial. Apesar de confessar os xingamentos, a mulher nega ter tido motivação racista, alegando que não é uma pessoa preconceituosa.
Moradora do bairro de classe média de Perdizes, em São Paulo, Maria Cristina é declaradamente bolsonarista e já se envolveu em diversas atividades políticas ligadas ao movimento. Além disso, a aposentada também relata fazer ligações para o gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, demonstrando engajamento em causas ideológicas.
A atitude da mulher em ir até a casa de Lula foi descrita por ela como um ato espontâneo, influenciado pelo incômodo com a presença do ex-presidente na região. Apesar da recuperação de uma cirurgia de emergência para conter uma hemorragia cerebral, Maria Cristina não poupou críticas a Lula, afirmando que o confrontaria caso o encontrasse na rua.
Diante de toda a polêmica e controvérsia envolvendo o caso, a história de Maria Cristina de Araújo Rocha reflete não apenas questões políticas, mas também sociais e éticas que permeiam a sociedade brasileira. Seja como um exemplo de posicionamento ideológico ou como um alerta sobre as consequências dos discursos de ódio, a figura da aposentada ganha relevância no cenário nacional.