As dores de Leigh se intensificaram a ponto de irradiarem para o peito e pescoço, o que a levou a acordar com dores insuportáveis em seu último dia de vida. Seu marido chamou uma ambulância e ela foi levada às pressas para o hospital. Lá, os médicos suspeitaram de uma condição grave chamada angina de Ludwig, uma infecção bacteriana associada a problemas dentários.
Para investigar a situação, foi solicitada uma tomografia computadorizada do pescoço e do tórax, na qual Leigh recebeu contraste à base de iodo para melhorar a visibilidade das imagens. Infelizmente, durante o exame, ela sofreu um choque anafilático, uma reação alérgica severa à substância, e não resistiu, vindo a falecer naquela mesma noite.
O marido de Leigh, Darren Longworth, relatou em entrevista ao Manchester Evening News que a equipe médica tentou reanimá-la por cerca de 90 minutos, porém sem sucesso. O exame post-mortem confirmou que a morte foi causada por uma rara reação alérgica ao contraste utilizado no procedimento, além de confirmar a angina de Ludwig.
O médico Oliver Moore, que participou do atendimento do caso, destacou a importância da tomografia de urgência devido à gravidade dos sintomas apresentados por Leigh. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), reações alérgicas ao contraste são raras, porém podem ocorrer em casos específicos.
O caso de Leigh serve de alerta para a importância de procurar tratamento adequado para dores de dente, principalmente quando os sintomas se tornam intensos e se espalham para outras regiões do corpo. A morte da jovem balconista evidencia a gravidade das complicações que podem surgir a partir de um problema aparentemente simples, como uma dor de dente não tratada corretamente.