Após um julgamento realizado na 7ª Vara Criminal, no Fórum do Barro Duro, em Maceió, a sentença foi proferida pelo juiz Yulli Roter. A pena inicial de 24 anos de reclusão foi reduzida em um terço devido à confissão de Suzana sobre a tentativa de assassinato, totalizando 16 anos e quatro meses de prisão em regime fechado.
O ato criminoso cometido por Suzana deixou sua mãe, Silvânia, em estado grave, sendo levada às pressas para o Hospital Geral do Estado (HGE) no Trapiche da Barra, onde recebeu atendimento médico que a salvou, porém, ainda enfrenta sequelas que a deixaram em estado vegetativo.
De acordo com as investigações, o crime ocorreu em 6 de abril de 2021, quando Suzana adicionou “chumbinho”, um veneno utilizado para matar ratos, ao açaí consumido por sua mãe. Silvânia passou mal imediatamente após ingerir a substância tóxica e exames posteriores confirmaram a presença do veneno em seu organismo.
O motivo por trás desse ato cruel seria a ameaça de Silvânia em denunciar sua própria filha pela morte de dois netos, ocorridas nos anos de 2016 e 2021, também por envenenamento. Essa revelação surpreendente foi feita pelo delegado Arthur César, responsável pelas investigações.
Suzana Ferreira acabou sendo presa em 24 de novembro de 2023, quando procurou a delegacia para registrar um Boletim de Ocorrência, mas foi surpreendida com a descoberta do mandado de prisão em seu desfavor. A mulher, segundo as autoridades policiais, não possui histórico de transtorno mental, o que torna ainda mais impactante a brutalidade de seus atos.