Mulher é condenada por ataque racista a humorista Eddy Junior e deve cumprir pena em regime aberto, decide Justiça de São Paulo.

A Justiça de São Paulo condenou na última quinta-feira (27/2) a mulher Elisabeth Morrone, responsável por ataques racistas ao humorista Eddy Junior, chamando-o de macaco. A sentença determina que ela cumpra um ano e dois meses de reclusão em regime aberto.

O juiz responsável pelo caso, Fernando Augusto Andrade Conceição, destacou que a conduta da ré ocorreu antes da inclusão do tipo penal de injúria racial no código penal. Por isso, Elisabeth foi condenada por cometer injúria, ofendendo a dignidade ou o decoro de alguém.

Além disso, a ré também terá que pagar 11 dias de multa pelos crimes de perseguição e ameaça. O filho de Elisabeth, Marcos Vinicius Morrone Sartori, foi condenado a dois meses de detenção em regime aberto pelos mesmos delitos.

Em julho do ano passado, Elisabeth Morrone, de 70 anos, já havia sido sentenciada a deixar o apartamento no prédio onde morava. A decisão determinava a saída definitiva dela do local em 90 dias corridos, sob a ameaça de medidas coercitivas.

O caso ganhou destaque em outubro de 2022, quando Eddy Junior expôs em suas redes sociais os ataques racistas que vinha sofrendo. Um vídeo mostrou Elisabeth dirigindo-se a ele com insultos como “macaco, imundo, sujo e bandido”.

Os xingamentos citados no vídeo foram considerados pelo juiz como parte das provas que condenaram Elisabeth. Outro momento mostrou a moradora se recusando a usar o mesmo elevador que Eddy, o que gerou indignação e repúdio nas redes sociais.

Segundo relatos de outros moradores do prédio, os ataques de Elisabeth e seu filho contra Eddy eram frequentes e agressivos, chegando ao ponto deles baterem na porta do humorista portando facão e garrafa de vidro.

Diante da gravidade dos acontecimentos, Eddy Junior teve uma medida protetiva aprovada pela Justiça, obrigando Elisabeth a manter uma distância mínima de 300 metros dele e de qualquer vizinho do mesmo andar. A decisão reforça a necessidade de punir atos de racismo e intolerância, demonstrando que o judiciário não tolera tais comportamentos discriminatórios.

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