Condenada por estelionato pela Justiça Militar de Mato Grosso do Sul, Ana Lucia entrou com um recurso, no entanto, teve seu pedido negado pelo Superior Tribunal Militar (STM). A decisão foi embasada no entendimento de que ela cometeu um crime ao se passar por uma falsa dependente do ex-militar, com plena consciência de seus atos.
O marido de Ana Lucia chegou a sugerir que ela interrompesse os pagamentos indevidos indo ao Serviço de Inativos e Pensionistas (SSIP 9) do Exército Brasileiro. No entanto, ela optou por continuar com o esquema de estelionato. A fraude teve início quando a mulher ainda era menor de idade, em 1986, ao se registrar falsamente como filha de Vicente Zarate e Natila Ruiz.
Após 33 anos recebendo a pensão como filha de Zarate, a fraude foi descoberta em 2021, quando a avó da fraudadora, Conceição Galache, denunciou a neta para a Polícia Civil e a Administração Militar. A denúncia foi motivada pela exigência da avó de uma parcela maior do dinheiro. Os órgãos abriram uma sindicância e suspenderam o pagamento após comprovação dos fatos.
Conceição faleceu em maio de 2022, antes de ser ouvida no processo. Com a confirmação da fraude, Ana Lucia terá que devolver o valor recebido indevidamente ao Exército. Em vista dos acontecimentos, é importante ressaltar a importância da fiscalização e punição para evitar práticas fraudulentas que prejudicam instituições e a sociedade como um todo.