Os médicos do Hospital Geral de Massachusetts, onde a paciente foi atendida em janeiro de 2025, não revelaram a identidade da mulher, mas relataram que ela procurou ajuda sem saber a origem dos sintomas. A queimação nos pés, que piorava com simples toques, fez com que ela buscasse assistência médica por duas vezes, sem obter o diagnóstico correto.
Após os sintomas se intensificarem para uma sensação dolorosa que se espalhou para os braços, acompanhada de fortes dores de cabeça e febre leve, a mulher foi submetida a exames que revelaram a presença de vermes do tipo Angiostrongylus cantonensis em seu cérebro. Esses parasitas causaram uma meningite eosinofílica, também conhecida como meningite do caramujo.
O Angiostrongylus cantonensis é transmitido principalmente por moluscos como o caramujo gigante africano, um animal que pode ser encontrado em diversas regiões. No Brasil, a proliferação do caramujo Achatina fulica, gigante africano, tem contribuído para a disseminação do parasita.
O tratamento da paciente envolveu o uso de corticosteroides e albendazol, um medicamento antiparasitário. Após seis dias de internação, a mulher apresentou uma melhora significativa em seu quadro clínico.
Esse caso serve de alerta para a importância da higienização adequada dos alimentos e o controle de moluscos em áreas endêmicas. Medidas simples, como o uso de água sanitária diluída para desinfetar frutas e verduras, podem ajudar a reduzir o risco de infecção por parasitas.
É fundamental estar atento aos sintomas e buscar ajuda médica sempre que necessário para evitar complicações graves decorrentes de infecções parasitárias. O caso dessa mulher norte-americana serve como um lembrete da importância da saúde e da prevenção de doenças transmitidas por diferentes agentes.