Mulher baleada ao proteger irmão deficiente visual conta sua versão: “Tomei o tiro tentando salvar meu irmão”

A jovem Juliana Leite Rangel, de 26 anos, se tornou mais uma vítima da violência policial no Rio de Janeiro. No dia 24 de dezembro, véspera de Natal, ela foi baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Duque de Caxias. Em uma entrevista emocionante, Juliana contou que estava tentando proteger seu irmão, que é deficiente visual, no momento em que foi atingida.

Segundo relatos, Juliana e sua família estavam a caminho de Niterói quando foram surpreendidos pelo disparo vindo da viatura da PRF. O tiro atingiu a jovem, que precisou passar por uma delicada cirurgia e ficou um mês internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI). Felizmente, ela recebeu alta neste último final de semana, mas ainda carrega marcas físicas e emocionais desse terrível episódio.

Após pressão da sociedade civil e da própria família de Juliana, três policiais envolvidos na ação foram afastados de suas funções. Em seus depoimentos, alegaram que ouviram estampidos durante a abordagem e acreditaram erroneamente que os barulhos vinham do carro da família, o que os levou a efetuar os disparos. A Polícia Federal (PF) assumiu as investigações e aguarda a conclusão da perícia técnica criminal do local do crime.

Esse triste episódio levanta mais uma vez debates sobre a necessidade de treinamento adequado para os agentes de segurança, visando evitar tragédias como essa. A sociedade clama por justiça e por medidas que garantam a segurança de todos, especialmente daqueles que mais precisam de proteção, como Juliana e seu irmão deficiente visual. A busca por respostas e por mudanças no sistema de segurança pública segue sendo uma pauta urgente e necessária.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo