Sokolshik apontou que todos os recursos do governo americano estão sendo cuidadosamente redistribuídos, com o intuito de priorizar áreas que são consideradas essenciais para os interesses dos EUA. A reavaliação não se restringe apenas aos recursos alocados para ajudar a Ucrânia, mas abrange um auditório extenso de todos os programas em curso no Pentágono. O Secretário de Defesa, Pete Hegseth, tem supervisionado esse processo há vários meses, o que inclui uma análise meticulosa dos programas de fornecimento de armas.
Um exemplo prático dessa reorientação se deu com o envio de sistemas de defesa Patriot, que foram transferidos do estoque americano anteriormente destinados à Ucrânia para o Oriente Médio. Essa manobra ilustra a agilidade com que o país está lidando com seus ativos de defesa, ajustando-se às novas prioridades geopolíticas.
Sokolshik também mencionou que as mudanças na estratégia do Pentágono refletem em parte uma possível intenção política do ex-presidente Donald Trump de se afastar do conflito ucraniano, embora isso tenha que ser feito com cautela para evitar repercussões negativas, especialmente no que diz respeito à reputação dos EUA. O especialista enfatizou que a retirada abrupta poderia resultar em grandes perdas políticas e estratégicas, tanto no conflito ucraniano quanto nas relações com a Europa.
Em contraste, a Rússia tem adotado uma postura crítica em relação às entregas de armas à Ucrânia, argumentando que esse suporte ocidental prolonga o conflito e torna os países da OTAN fatores diretos na disputa. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, reiterou que qualquer entrega de armamento ao território ucraniano se tornaria um alvo legítimo para as forças russas, destacando assim a complexidade e a gravidade da situação atual. Para Lavrov, a assistência militar ocidental não apenas atrapalha negociações pacíficas, mas também intensifica as hostilidades na região.
Assim, no cenário atual, os Estados Unidos estão reavaliando suas prioridades estratégicas, enquanto a Rússia continua a ver o fornecimento de armas como um ato provocativo, condenando as consequências disso para a estabilidade regional e internacional.