Especula-se que Dario Durigan, atual secretário-adjunto da Fazenda, seja promovido ao cargo de ministro caso Haddad deixe o posto. A movimentação poderia trazer mudanças significativas, com Rogério Ceron, que atualmente lidera o Tesouro Nacional, assumindo a secretaria executiva da Fazenda. Ceron é uma figura chave na elaboração do novo arcabouço fiscal do governo, que substitui a antiga regra do teto de gastos — permitindo um crescimento real das despesas de até 2,5% ao ano, ao contrário da limitação anterior, que se restringia à inflação.
Ceron e Durigan compartilham uma longa trajetória de trabalho com Haddad, que, como auditor fiscal em São Paulo, teve suas primeiras experiências na administração pública ao lado do ministro, ocupando funções que vão desde subsecretário do Tesouro até secretário de Finanças na prefeitura.
Outros integrantes da equipe econômica devem manter seus postos, como Robinson Barreirinhas, atual secretário da Receita Federal, e Guilherme Mello, secretário de Política Econômica. Barreirinhas, procurador do município de São Paulo, e Mello, professor da Unicamp, têm laços com a administração de Haddad, o que demonstra uma continuidade na equipe.
Entretanto, o secretário de Reformas Econômicas, Marcos Pinto, deve deixar a Fazenda após a conclusão de importantes projetos, como a ampliação da isenção do Imposto de Renda. O próprio Haddad também não contará mais com seu chefe de gabinete, Laio Correia, que encerrará suas atividades ao lado do ministro.
Ressaltando seus planos para 2026, Haddad afirmou recentemente que já discutiu seus objetivos com Lula. Ele revelou que sua intenção não é se candidatar no próximo ano, mas sim colaborar com a campanha pela reeleição do presidente. No entanto, a pressão do PT para que Haddad dispute um cargo majoritário em São Paulo continua forte, revelando a busca do partido por um candidato forte para as próximas eleições.
