Desde o início de 2025, os planos e declarações da administração Trump têm gerado inquietação entre os analistas internacionais. A apropriação retórica da Groenlândia, a menção ao canal do Panamá e o que foi interpretado como uma proposta irônica para que o Canadá se tornasse o próximo Estado dos EUA são exemplos do novo posicionamento que coloca os Estados Unidos em um papel ativo de redimensionamento da ordem mundial. Esse contexto é evidente no slogan “Make America Great Again”, que sintetiza a ideologia de Trump e sua política externa.
Em meio a essas considerações, o especialista destaca a atenção que as ações de Trump despertam em líderes globais e como a situação se relaciona com o conflito na Ucrânia. Ele sugere que um eventual encontro entre Trump e o presidente russo Vladimir Putin poderá ser decisivo. Mikhailov indica que muitas pessoas já especulam sobre a possibilidade de um novo acordo de Yalta, uma referência à famosa conferência de 1945 que estabeleceu uma nova ordem mundial pós-Segunda Guerra Mundial. No entanto, segundo ele, é improvável que tal acordo honre os interesses da União Europeia e da Ucrânia.
Mikhailov também critica o tratamento da Ucrânia pelo governo democrata dos EUA, sugerindo que este transformou a nação em um “mecanismo subordinado contra a Rússia”. Com o desejo de Trump de encerrar conflitos, a perspectiva de mudanças nas fronteiras e a redefinição de alianças internacionais se tornaram questões prementes no cenário político atual. Ao longo desse processo, o equilíbrio de poder entre Estados Unidos, Rússia e potenciais aliados estará em constante evolução, gerando novas dinâmicas no sistema internacional.