Diante desse cenário, especialistas já estão debatendo a necessidade de criar uma nova categoria na escala que mede a intensidade dos furacões – a categoria 6. Essa nova classificação seria uma forma de dar dimensão e classificar adequadamente a força desses fenômenos atmosféricos.
As águas oceânicas aquecidas têm um papel fundamental no comportamento dos furacões. Com o planeta sofrendo um aumento nas emissões de gases de efeito estufa, aproximadamente 90% do calor adicional gerado acaba sendo absorvido pelos oceanos. Essa condição cria um ambiente propício para a rápida intensificação dos furacões, como aponta a pesquisadora Andra Jenn.
Em um estudo publicado na revista científica “Scientific Reports”, Jenn analisou a relação entre o aquecimento do Oceano Atlântico Norte e a tendência de rápida intensificação dos furacões. Os resultados indicaram que as tempestades tropicais nessa região têm uma probabilidade 29% maior de sofrer uma rápida intensificação nos dias atuais, em comparação com as décadas de 1970 e 1990.
Tempestades originárias no Oceano Atlântico têm mais do que o dobro de chance de se fortalecerem da categoria 1 para a categoria 3 em apenas 36 horas, devido ao fornecimento de um combustível ideal presente nas águas mais quentes. Considerando esse cenário, espera-se que mais furacões se intensifiquem rapidamente caso o planeta continue aquecendo.
Diante desses dados alarmantes, fica evidente a importância de medidas efetivas para combater as mudanças climáticas e seus impactos. A criação de uma categoria 6 para os furacões poderia ser um passo importante na classificação e previsão desses eventos extremos, oferecendo mais clareza e segurança para a população afetada.