Este reajuste impactará também os índices de inflação, visto que o preço dos combustíveis é um fator chave que pode repercutir em toda a economia. A causa principal para essa elevação são as novas alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), um tributo estadual. A gasolina terá um acréscimo de R$ 0,10 por litro, enquanto o diesel sofrerá um aumento de R$ 0,06 por litro. O etanol, por outro lado, não terá alteração na sua tributação.
Para Jorge Luiz Correia, um motociclista que depende da sua moto para sustento através de serviços de entrega, o impacto no orçamento será inevitável. Em um país onde o preço dos combustíveis é livre, a decisão de repassar ou não esse aumento cabe aos postos, mas historicamente essa transferência de custos para o consumidor final é a norma.
O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que decretou o reajuste em outubro do ano passado, destaca que o ICMS é um imposto estadual e, portanto, as alíquotas podem variar de acordo com cada região. O economista Renan Laurentino destacou que, mesmo com a Petrobras não mais utilizando o dólar e o mercado internacional como parâmetro, ainda assim ajustes são necessários para manter a atratividade das ações da empresa na bolsa.
Já o Sindicombustíveis comunicou que não possui influência sobre a variação de preços e se compromete em manter um diálogo aberto e construtivo com as autoridades para garantir um ambiente de negócios equilibrado. Renan Laurentino, professor da Área de Gestão e Logística, ressaltou que, com o transporte rodoviário sendo predominante, qualquer aumento do diesel resulta em produtos mais caros – um cenário que exige do consumidor maior pesquisa e adaptação financeira.
A adoção de veículos híbridos e elétricos é uma recomendação de Laurentino, que observou a relevância dessa escolha tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas. Ele concluiu que “cabe ao consumidor fazer malabarismos”, buscando alternativas que minimizem esse impacto econômico direto.