A decisão de Beltrão de trocar de partido, ao se desfiliar do PP liderado no estado por Arthur Lira, para integrar o MDB, sob a presidência de Renan Calheiros, não se trata apenas de uma simples mudança de coloração partidária. Esse movimento é visto como uma nova configuração de forças políticas, especialmente considerando a rivalidade histórica entre Lira e Calheiros pelo domínio das lideranças em Alagoas. A filiação oficial ao MDB está programada para acontecer na próxima terça-feira (21), na sede do diretório estadual do partido em Maceió.
Durante o evento, outros nomes de peso na política local, como os prefeitos Jorge Nunes e Felipe Jatobá, também irão selar suas adesões ao MDB, ampliando a base do partido. A transição de Beltrão não visa apenas uma troca estratégica; ela pavimenta o caminho para sua possível candidatura à presidência da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA). Com o apoio de 65 prefeitos já eleitos sob a bandeira do MDB, Beltrão poderá consolidar sua influência nas políticas municipais de Alagoas. A expectativa é que Renan Calheiros anuncie publicamente o apoio do partido a essa candidatura logo após a oficialização da filiação de Beltrão. Esta mudança promete desencadear novas dinâmicas políticas no estado, refletindo o crescente poder do MDB na região.