A decisão do MPT de iniciar essa investigação veio a partir de denúncias feitas por familiares e de reportagens divulgadas na mídia local. De acordo com as informações coletadas, Wilton foi convidado por um amigo a realizar um trabalho temporário durante a demolição do galpão. Ele se juntou a um grupo de seis trabalhadores responsáveis pelo destelhamento da estrutura, quando, repentinamente, ocorreu o desabamento.
Familiares da vítima relataram que a maioria dos operários estava desprovida dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) necessários para a execução de tarefas dessa natureza, além de não haver qualquer profissional qualificado em segurança do trabalho supervisionando as atividades no local. Um primo da vítima revelou que os trabalhadores foram contratados de maneira informal e sem quaisquer garantias trabalhistas.
Diante desse trágico evento, a família de Wilton busca justiça e expressa sua indignação pelo fato de que até o momento, representantes da empresa responsável pela demolição não estabeleceram contato. O resgate do corpo foi realizado com o auxílio de voluntários e da equipe do programa Ronda no Bairro, que se mobilizou para ajudar na busca. Este incidente levanta questões sérias sobre a segurança no trabalho e a necessidade urgente de regularização das condições laborais para evitar que tragédias semelhantes voltem a ocorrer em Maceió e em outras partes do país. A comunidade se une em luto e clama por mais segurança no ambiente de trabalho, enfatizando que vidas não podem ser postas em risco pela ausência de responsabilidade.