O promotor do Patrimônio Público e Social, Paulo Destro, solicitou explicações da Prefeitura, da Pepsico Brasil e da empresa Social Service Comunicação Mkt de Responsabilidade LTDA sobre a suposta concessão ilegal do espaço público e a mudança fraudulenta do nome da praça. Segundo a denúncia, a doação de R$ 1,1 milhão por parte da Pepsico para a reforma do local teria como contrapartida o direito de renomear o espaço e instalar peças publicitárias alusivas à marca de salgadinhos da empresa.
A repercussão negativa do caso levou a Prefeitura de São Paulo a suspender o termo de doação que permitiria a mudança de nome, após a divulgação de materiais publicitários da marca. O acordo entre a Prefeitura e a Pepsico foi realizado sem processo licitatório e sem a aprovação da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana, responsável por fiscalizar a legalidade das propagandas na cidade.
Apesar da reversão da decisão de renomear o Largo da Batata, a denúncia apresentada ao MPSP ressalta que a Pepsico continua realizando propagandas irregulares no local, com a instalação de painéis e projeções informando a suposta mudança de nome. Até o momento, a empresa, a Prefeitura e a empresa de publicidade envolvida no contrato não se pronunciaram sobre o pedido de esclarecimentos do Ministério Público.
O caso segue em investigação e levanta questionamentos sobre a forma como ocorrem as concessões de naming rights em espaços públicos, bem como a necessidade de maior transparência e rigor nas negociações que envolvem o patrimônio público. A sociedade aguarda por respostas e ações concretas para garantir a proteção e a adequada gestão dos espaços urbanos da cidade de São Paulo.