MPSP aceita denúncia sobre Largo da Batata Ruffles e pede explicações à Prefeitura de São Paulo e Pepsi em contrato suspeito.



O Ministério Público de São Paulo tomou uma decisão importante esta semana ao aceitar a denúncia apresentada pelo vereador eleito Nabil Bonduki sobre o polêmico contrato que envolveria a mudança de nome do Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, para “Largo da Batata Ruffles”. A gestão do prefeito Ricardo Nunes e a empresa Pepsico estão no centro dessa investigação, que busca esclarecer possíveis irregularidades no processo de negociação.

O promotor do Patrimônio Público e Social, Paulo Destro, solicitou explicações da Prefeitura, da Pepsico Brasil e da empresa Social Service Comunicação Mkt de Responsabilidade LTDA sobre a suposta concessão ilegal do espaço público e a mudança fraudulenta do nome da praça. Segundo a denúncia, a doação de R$ 1,1 milhão por parte da Pepsico para a reforma do local teria como contrapartida o direito de renomear o espaço e instalar peças publicitárias alusivas à marca de salgadinhos da empresa.

A repercussão negativa do caso levou a Prefeitura de São Paulo a suspender o termo de doação que permitiria a mudança de nome, após a divulgação de materiais publicitários da marca. O acordo entre a Prefeitura e a Pepsico foi realizado sem processo licitatório e sem a aprovação da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana, responsável por fiscalizar a legalidade das propagandas na cidade.

Apesar da reversão da decisão de renomear o Largo da Batata, a denúncia apresentada ao MPSP ressalta que a Pepsico continua realizando propagandas irregulares no local, com a instalação de painéis e projeções informando a suposta mudança de nome. Até o momento, a empresa, a Prefeitura e a empresa de publicidade envolvida no contrato não se pronunciaram sobre o pedido de esclarecimentos do Ministério Público.

O caso segue em investigação e levanta questionamentos sobre a forma como ocorrem as concessões de naming rights em espaços públicos, bem como a necessidade de maior transparência e rigor nas negociações que envolvem o patrimônio público. A sociedade aguarda por respostas e ações concretas para garantir a proteção e a adequada gestão dos espaços urbanos da cidade de São Paulo.

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