Segundo informações apuradas, 15 pessoas que participaram de um mutirão realizado pela prefeitura local foram contaminadas por uma bactéria, resultando na perda da visão de nove delas. O MPRN está investigando o ocorrido para determinar as causas dessa contaminação em massa.
De acordo com a promotora de Justiça de Parelhas, Ana Jovina de Oliveira Ferreira, houve uma negligência na higienização e esterilização do ambiente cirúrgico, o que propiciou a infecção nos pacientes. Ela ressaltou que ainda não é possível afirmar a origem precisa do problema, mas é evidente que houve falhas na esterilização do local.
Além disso, Ana Jovina mencionou que será investigado se o mutirão de cirurgias oftalmológicas teve alguma motivação eleitoral, já que ocorreu apenas 10 dias antes das eleições municipais. A presença de mutirões de saúde próximos às eleições não é proibida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), porém será averiguado se houve abuso de poder político nesse caso específico.
O MPRN recebeu denúncias sobre o caso, incluindo uma anônima, provavelmente feita por um familiar de uma das vítimas, e outras de pacientes e um vereador. A promotora destacou que a fase inicial de coleta de informações já foi concluída e agora a ênfase da investigação será determinar a responsabilidade pelos acontecimentos.
O incidente resultou na perda do globo ocular de nove pessoas devido a complicações em procedimentos cirúrgicos de catarata durante o mutirão promovido pela prefeitura de Parelhas. Os pacientes infectados pela bactéria Enterobacter cloacae tinham idades entre 43 e 80 anos e as cirurgias aconteceram em 27 de setembro, com os sintomas se manifestando entre 24h e 36h após o procedimento. O MPRN está empenhado em esclarecer o ocorrido e responsabilizar os envolvidos nesta triste situação.