Atualmente, Cravinhos está cumprindo pena em regime semi-aberto na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo. Em maio de 2024, sua defesa solicitou a progressão para o regime aberto, aguardando decisão da Justiça. Ainda não foi possível localizar a defesa de Cristian Cravinhos para que se manifeste sobre a posição do MP-SP.
Como parte do processo decisório, a pedido do MP-SP e por determinação judicial, Cravinhos foi submetido ao teste de Rorschach, um exame psicológico utilizado para avaliar a personalidade do indivíduo. O resultado deste teste foi recentemente anexado ao processo, e o promotor Gustavo José Pedroza Silva expressou sua opinião após analisar as conclusões.
De acordo com o Ministério Público de São Paulo, o exame revelou que Cravinhos possui “traços disfuncionais de personalidade, caracterizados pela rigidez emocional e controle excessivo”. Ele demonstra dificuldade em lidar com suas emoções de forma espontânea, o que levou o promotor a destacar fragilidades como uma expressão afetiva rígida e controlada, comprometendo sua espontaneidade emocional.
Além disso, a perita designada para a avaliação afirmou que Cravinhos apresenta dificuldade em compreender e integrar suas emoções de maneira objetiva, resultando em reações frequentemente influenciadas por fantasias e ideias pouco realistas. O promotor ressaltou ainda a imaturidade do sentenciado, sua falta de empatia e propensão a impulsos irrefletidos.
Cristian Cravinhos, juntamente com Suzane von Richthofen e seu irmão Daniel, planejou e executou o assassinato dos pais de Suzane em 2002. Condenado a 38 anos de prisão em 2006, Cravinhos obteve progressão para o regime semi-aberto em 2013 e para o regime aberto em 2017. No entanto, em abril de 2018, ele foi detido novamente por agredir a ex-mulher e tentar subornar policiais, sendo condenado por corrupção ativa.
Agora, Cravinhos busca novamente a liberdade, aguardando uma decisão da Justiça em relação ao seu pedido de cumprir pena em regime aberto. O MP-SP mantém sua posição contrária a essa concessão, com base nos resultados do exame psicológico que indicam traços disfuncionais de personalidade e dificuldades emocionais apresentadas pelo acusado.