MP-SP derruba perfis falsos que usavam tragédia aérea para aplicar golpes financeiros



O Ministério Público de São Paulo (MPSP) anunciou nesta segunda-feira, 12 de agosto, a derrubada de 12 perfis falsos em redes sociais, criados com o intuito de aplicar golpes financeiros que exploravam a tragédia do voo da Voepass. Os criminosos se passavam por familiares das vítimas do acidente aéreo para solicitar doações em dinheiro. A operação contou com o suporte do CyberGaeco, uma divisão especializada do MP que atua na investigação de crimes cibernéticos.

O trágico acidente ocorreu na sexta-feira, 9 de agosto, por volta das 13h30. A aeronave atingida, um turboélice da marca francesa ATR, pertencente à companhia Voepass (anteriormente conhecida como Passaredo), caiu na cidade de Vinhedo, localizada próximo a Campinas, São Paulo. O voo tinha partido de Cascavel, no Paraná, com destino ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, resultando na morte de 62 pessoas.

De acordo com informações divulgadas pelo procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, o Instituto Médico Legal (IML) já concluiu todos os exames necroscópicos para determinar as causas das mortes das vítimas. A partir de agora, o IML está concentrado na identificação dos corpos. Até o momento, foram identificados 27 corpos e 12 já foram liberados para os familiares. Dentre as vítimas identificadas, 23 foram reconhecidas por meio de impressões digitais e quatro através da análise da arcada dentária.

Ainda no âmbito das investigações, o MPSP designou três promotores de justiça de Vinhedo para acompanhar de perto o inquérito policial conduzido pela Polícia Civil, que busca esclarecer as circunstâncias e responsabilidades pelo acidente do voo 2283. “Será uma oportunidade para, no inquérito, indicar todas as pessoas e empresas que possam ter alguma participação causal no acidente”, explicou Paulo Sérgio de Oliveira e Costa.

Após uma reunião realizada no início da noite desta segunda-feira com os familiares das vítimas, Costa enfatizou que o MPSP está comprometido em colaborar com a investigação federal. “Embora a investigação de acidentes aéreos seja uma questão de competência federal, com a participação de agências nacionais especializadas, isso não impede que o Ministério Público estadual também faça suas apurações, considerando que o acidente ocorreu no estado de São Paulo”, afirmou o procurador-geral.

Esta intervenção visa garantir que todas as possíveis falhas e responsabilidades sejam identificadas e apuradas com rigor, proporcionando respostas aos familiares e contribuindo para políticas de prevenção de acidentes futuros.

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