O promotor de Justiça Magno Moura destacou a contradição de se destinar verbas públicas para eventos festivos em um momento no qual a comunidade enfrenta sérias dificuldades. O representante do MP chamou atenção para os estragos visíveis na cidade, como a abertura de uma cratera em uma das principais vias, uma situação que foi amplamente noticiada pela mídia local e que representa um obstáculo significativo à mobilidade urbana. Este tipo de ocorrência agrava ainda mais a situação de emergência instalada em Satuba.
O alerta do Ministério Público se baseia em um ofício enviado pelo próprio prefeito, que admite a existência de calamidade em áreas como o bairro Recanto da Nova Satuba, onde uma galeria de águas pluviais entrou em colapso. Diante deste contexto desafiador, a recomendação do MP enfatiza a necessidade de priorizar ações urgentes que visem a ajuda humanitária e a recuperação das áreas afetadas, em detrimento de gastos com festas.
O prefeito tem um prazo de cinco dias para comunicar as ações que serão tomadas em resposta à recomendação ou apresentar justificativas para a eventual não adoção das medidas sugeridas. O Ministério Público ressaltar a seriedade da situação, afirmando que, caso a orientação não seja respeitada, poderão ser adotadas ações judiciais e extrajudiciais para garantir a proteção da população e promover um uso responsável dos recursos públicos. Essa postura demonstra o compromisso do MP em zelar pelo bem-estar dos cidadãos e pela administração correta dos recursos em tempos de crise.
