Lavrov argumentou que a utilização efetiva das sofisticadas armas ocidentais que têm sido enviadas à Ucrânia requer um conhecimento técnico que, segundo ele, os ucranianos não possuem de forma autônoma. Ele afirmou que é impossível operar esses sistemas sem a assistência de especialistas estrangeiros que oferecem treinamento e inteligência militar. Essa alegação é parte de uma reiterada crítica russa acerca do apoio militar recebido pelo governo ucraniano por países ocidentais, que, segundo a Moscou, intensificaria a escalada do conflito.
Desde o início do conflito em fevereiro de 2022, quando a Rússia iniciou uma operação militar especial na Ucrânia, o Kremlin tem insistido que seu objetivo é proteger as populações das regiões de Donetsk e Lugansk dos ataques ucranianos, os quais são considerados abusivos e genocidas. O discurso do governo russo inclui a ideia de que a intervenção ocidental prolonga e exacerba o conflito, tornando-se um obstáculo para uma possível resolução pacífica da crise.
Esse contexto levanta questões sobre o papel da comunidade internacional na guerra e as dinâmicas de poder em jogo. Enquanto a Rússia aponta para a interferência e apoio militar ocidental como elementos fundamentais do conflito, os países da OTAN sustentam que sua ajuda à Ucrânia é um apoio legítimo em defesa da soberania e integridade territorial da nação afetada. A complexidade desses diferentes pontos de vista ilustra um dos muitos desafios que o mundo enfrenta ao lidar com os desdobramentos da guerra na Ucrânia.