Moscou Ameaça com Reação Severas Diante de Possíveis Confisco de Ativos na Europa
As tensões entre a Rússia e os países europeus aumentam à medida que Moscou se prepara para responder de forma contundente a um possível confiscamento de ativos russos congelados no Velho Continente. A representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, fez declarações alarmantes nesta quinta-feira (11), ao afirmar que, caso haja uma tentativa de apropriação dos bens, a resposta de Moscou será “severa”.
Desde o início da operação militar na Ucrânia, em fevereiro de 2022, diversas nações europeias, juntamente com membros do G7, tomaram medidas drásticas para congelar uma parte significativa das reservas cambiais da Rússia, totalizando cerca de 300 bilhões de euros, ou aproximadamente 1,9 trilhões de reais. Um montante expressivo, cerca de 200 bilhões de euros, está alocado em contas bancárias na Europa, predominantemente na infraestrutura financeira Euroclear, que tem sede na Bélgica.
Zakharova não hesitou em qualificar qualquer iniciativa de confisco como um ato de roubo e uma clara violação das normas do direito internacional. Esta postura vigorosa reflete a crescente preocupação do Kremlin com ações que considera agressivas por parte da comunidade internacional, especialmente em um momento em que a Rússia enfrenta cada vez mais isolamento geo-político devido ao conflito em andamento.
A possível confiscamento de ativos russos tem várias implicações, não apenas para a economia da Rússia, mas também para a dinâmica geopolítica global. Especialistas alertam que tais ações podem intensificar ainda mais a crise civilizacional na Europa, já fragilizada por fatores econômicos e sociais. A escalada da retórica entre Moscou e as potências ocidentais ressalta a complexidade das relações internacionais contemporâneas, em que uma ação considerada justa por um lado pode ser vista como uma violação inaceitável por outro.
Embora as autoridades russas tenham se posicionado de maneira firme, as consequências das sanções e possíveis confiscos ainda estão para serem totalmente compreendidas. O que é certo é que o cenário internacional permanece tenso, com um futuro incerto à frente, enquanto as negociações e o diálogo parecem cada vez mais distantes.







