MORTO EM AEROPORTO! – Empresário Delator do PCC Assassinado em Aeroporto: Carregava R$ 1 Milhão em Joias de Maceió e Revelou Ameaças em Audiência



Na recente sexta-feira (8), um episódio trágico e intrigante ocorreu no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, conhecido empresário do setor imobiliário e delator de casos associados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), foi assassinado a tiros. A polícia revelou que ele retornava de uma viagem a Maceió com uma mala abarrotada de joias e outros bens valiosos, totalizando mais de R$ 1 milhão. Esses itens ostensivos seriam parte do pagamento de uma dívida, elemento que pode ter motivado sua ida ao estado nordestino.

O histórico de Vinicius com o crime organizado é extenso e complexo. Ele se estabeleceu no mercado imobiliário, mas, ao que tudo indica, seus negócios transcenderam para esferas ilícitas. Sua ligação com o PCC se fortaleceu a partir de transações com indivíduos associados à organização criminosa. Em particular, sua relação com Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, um nome de peso dentro do crime organizado, levou a um desfecho fatal. Santa Fausta foi morto em dezembro de 2021, e informações levaram as autoridades a suspeitarem de Vinicius como mandante do assassinato.

Um vídeo de uma audiência judicial, que veio a público, revela Vinicius negando veementemente seu envolvimento no crime, apesar de admitir encontros com Cara Preta um dia antes de sua morte. No depoimento à Justiça, ele ainda detalhou um episódio em que foi sequestrado por membros do PCC que, sob ameaça de morte, lhe constrangeram a revelar senhas de dispositivos pessoais.

Ainda que Vinicius tenha sido libertado após o início do processo judicial, as sombras sobre sua vida persistiram. Ele continuou a ser investigado por suspeitas de lavagem de dinheiro em nome do PCC, um crime que alimenta a economia subterrânea de organizações como essa. Em um esforço para encontrar algum tipo de proteção legal, no final de 2023, Vinicius aceitou um acordo de delação premiada proposto pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público de São Paulo. Tal decisão marcou uma reviravolta no caso, atingindo diretamente o coração de uma organização que opera nas sombras do sistema.

A delação de Vinícius foi um ponto de discórdia entre seus defensores. Seu advogado inicial, Ivelson, discordou veementemente dessa estratégia, decidindo então se afastar do caso. A defesa passou a ser conduzida por Aristides Zacarelli, uma mudança de direção que parecia dar a Vinicius esperança renovada para enfrentar as acusações que tanto mancharam sua trajetória.

O trágico fim de Vinicius no aeroporto é um lembrete contundente dos riscos envolvidos em negociações e informações que tocam as estruturas do crime organizado. Enquanto seu assassinato está sob investigação, a vida e os segredos que ele carregou consigo permanecem pontos de interseção entre crime, justiça e a busca contínua por poder e controle nas subcamadas do mundo do crime.

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