A cerimônia foi marcada por momentos de profunda emoção e consternação. Armindo de Souza, irmão de Eraldo, expressou a indignação e tristeza da família, que agora clama por uma investigação rigorosa para esclarecer as circunstâncias que levaram à queda fatal. “Era um menino novo, com 21 anos e tudo pela frente. Temos que ter muita força, pois já tivemos muitas perdas, recentemente, na nossa família. Há um ano, perdemos nossa mãe e também o pai dele. Agora é ter paciência e aguardar as autoridades para entender como aconteceu essa situação. Queremos justiça por ele. Que Deus conforte os nossos corações, pois está sendo muito difícil para todos”, declarou Armindo.
Durante o sepultamento, a irmã de Eraldo não conseguiu conter a emoção e passou mal, necessitando de socorro médico imediato. Ela foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para receber cuidados.
Responsável pela obra na Ponte Divaldo Suruagy, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) informou que Eraldo estava empregado pela construtora contratada para os reparos. Em um desdobramento significativo, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Alagoas (SRTE-AL) interditou a obra na quarta-feira (14), após a identificação de condições de trabalho graves e de iminente risco.
A tragédia trouxe à tona discussões sobre segurança e condições de trabalho na construção civil, um setor que frequentemente presencia acidentes envolvendo trabalhadores. As autoridades agora enfrentam a demanda urgente por respostas que possam prevenir futuras tragédias e garantir a segurança de quem se dedica a esse labor essencial. A SRTE-AL deverá conduzir uma investigação para apurar as responsabilidades e irregularidades que possam ter culminado na morte precoce de Eraldo Rodrigues.
Enquanto isso, a comunidade local e os colegas de trabalho do jovem se unem na dor e na luta por justiça, esperando que as autoridades competentes apresentem não apenas explicações, mas também ações concretas para evitar que episódios similares ocorram novamente.