A mensagem postada pela assessoria destaca a profundidade da perda: “A partida de Teuda representa uma perda imensurável para o Grupo Galpão, o teatro brasileiro e todos que tiveram o privilégio de conviver com ela”. Mencionando também a gratidão pela vida e obra de Teuda, a nota emocionada definiu sua presença como “uma alegria, força e luz raríssima”, resultado de um percurso repleto de amor, generosidade e coragem artística. Teuda era mãe de André e Admar e faria 85 anos no próximo dia 1º de janeiro de 2024.
O velório está marcado para o foyer do Palácio das Artes, em Belo Horizonte, a partir das 10h do dia seguinte ao anúncio do falecimento. Teuda estava internada no Hospital Madre Teresa desde 14 de dezembro, e a causa da morte foi identificada como septicemia e falência múltipla dos órgãos, quadro resultante de uma infecção generalizada.
Teuda Bara, amplamente reconhecida por sua versatilidade e pela veia cômica de seus personagens, foi uma figura central no Grupo Galpão desde sua fundação no início dos anos 1980. Seu talento se manifestou não apenas no teatro, mas também na televisão e cinema, onde participou de diversas produções aclamadas. Sua última atuação nos palcos ocorreu recentemente, quando deveria apresentar a peça “Doida” nos dias 13 e 14 de dezembro. Infelizmente, sua condição de saúde a levou à internação na segunda noite da apresentação.
Nascida em Belo Horizonte em 1941, Teuda começou sua jornada artística tardiamente, aos 30 anos, durante seus estudos em Ciências Sociais na UFMG. Ela se destacou em várias produções de teatro em sua cidade natal antes de se mudar para São Paulo, onde intensificou sua carreira. Em sua trajetória na TV, participou de novelas como “Meu Pedacinho de Chão” e de séries de comédia, além de realizar papéis significativos no cinema brasileiro, em filmes como “O Palhaço” e “As Duas Irenes”.
A contribuição de Teuda Bara às artes cênicas será eternamente lembrada, não apenas por suas atuações marcantes, mas também pela influência que teve sobre novas gerações de artistas. Sua passagem deixa uma lacuna imensa, mas também um legado de amor e dedicação ao teatro.
