Nascida em 15 de agosto de 1919 na Vila Moisés, na Província de Santa Fé, Rosa era filha de colonos judeus. Desde a infância, desenvolveu um profundo apreço pela memória e pela história de sua família, que, como muitos imigrantes da época, fugiu da Europa em busca de refúgio da perseguição. Essas lições, passadas por seus pais à luz do lampião, formaram a base de sua luta pela justiça e pela preservação da memória histórica.
A trajetória de Rosa na defesa dos direitos humanos foi pessoal e dolorosa. Sua filha, Patricia, foi sequestrada durante a ditadura militar, um episódio trágico que a levou a mergulhar de cabeça na busca por justiça. Na época do sequestro, Patricia estava grávida de oito meses e foi levada junto com sua filha Mariana, retornada posteriormente à família do pai por pessoas que se apresentaram como agentes da Coordenação Federal. Enquanto isso, Rosa soube que sua filha havia sido transferida para o ESMA, onde os direitos humanos eram sistematicamente desrespeitados.
A vida de Rosa foi marcada não só por sua formação acadêmica, que incluiu um diploma em obstetrícia pela Universidade Nacional do Litoral, mas também por sua atuação como chefe da Maternidade-Escola de Obstetrícia em Rosário. Sua contribuição para a saúde e os direitos das mulheres se entrelaçou com sua luta incessante pela verdade e justiça. Mesmo após tantos anos, seu legado continua a inspirar novas gerações a não esquecer as lições do passado e a lutar por um futuro onde direitos humanos sejam respeitados. Rosa Tarlovsky de Roisinblit será lembrada como uma verdadeira heroína que dedicou sua vida à causas tão cruciais para a sociedade argentina e mundial.