Morre o Poeta e Tradutor Leonardo Fróes aos 84 Anos
O mundo literário brasileiro perdeu uma de suas vozes mais respeitadas. O poeta e tradutor Leonardo Fróes faleceu aos 84 anos, com a notícia sendo confirmada recentemente pela Editora 34. Os detalhes sobre a causa da morte ainda não foram divulgados, deixando um sentimento de luto entre admiradores e colegas de profissão.
Leonardo Fróes tornou-se uma figura icônica na literatura nacional, especialmente após o lançamento de suas obras fundamentais, como “Língua Franca” (1968), “A Vida em Comum” (1969) e “Esqueci de Avisar que Estou Vivo” (1973). seu talento poético foi reconhecido em 1996, quando recebeu o renomado prêmio Jabuti pela obra “Argumentos Invisíveis”. Este livro foi aclamado pela crítica e caracterizado como uma coleção de “poemas em fábula”, que exploram reflexões morais e se desenrolam em cenários rurais, capturando a essência do cotidiano e da natureza.
Natural de Itaperuna, no estado do Rio de Janeiro, Fróes cresceu em uma família de classe média baixa. Seu pai trabalhava na administração de uma companhia elétrica, enquanto sua mãe era dona de casa. A formação inicial de Fróes o levou ao curso de artes plásticas, mas ele decidiu interromper os estudos para viver uma temporada nos Estados Unidos. Essa experiência internacional o influenciou profundamente, levando-o a seguir uma carreira em editoras, onde começou a se destacar também como tradutor.
Além de sua carreira poética, Fróes conquistou o prêmio Paulo Rónai, em 1998, concedido pela Fundação Biblioteca Nacional, e, em 2008, foi reconhecido novamente com o prêmio de tradução da Academia Brasileira de Letras. Seu trabalho como tradutor foi vital para a disseminação da literatura estrangeira, permitindo que obras de vários autores internacionais chegassem ao público brasileiro.
A morte de Leonardo Fróes representa uma grande perda para a literatura. Seu legado, no entanto, permanece vivo por meio de suas obras que continuam a inspirar as novas gerações de escritores e amantes da poesia. A lembrança de sua contribuição será sempre parte da rica tapeçaria da literatura brasileira.
