Menotti ficou eternizado como o treinador que conduziu a Argentina à sua primeira conquista na Copa do Mundo. Com um time formado por craques como Fillol, Olguin, Galván, Passarella, Tarantini, Galllego, Ardiles, Kempes, Bertoni, Luque e Ortiz, em uma final emocionante contra a Holanda, a equipe albiceleste fez história com um triunfo por 3 a 1 na prorrogação, no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires.
Além de seu talento como técnico, Menotti também era conhecido pela sua postura polêmica e ousada. Criticava abertamente a falta de qualidade técnica da seleção brasileira e a decadência cultural que via no futebol do país pentacampeão do mundo. Sua visão de um futebol alegre e envolvente conquistou admiradores ao redor do mundo, mas também criou divisões internas no cenário esportivo argentino.
O apelido de El Flaco era uma referência ao seu estilo de jogo refinado e elegante, que encantava torcedores e críticos. Sua rivalidade com Carlos Bilardo, outro técnico de destaque na história do futebol argentino, simbolizava a dicotomia entre o futebol-arte e o futebol de resultados, duas escolas que dividiam opiniões no país.
Internado desde o final de março devido a complicações de saúde, Menotti lutou bravamente contra uma anemia profunda que evoluiu para uma tromboflebite. Mesmo debilitado, seu espírito permanecia forte e focado em sua paixão pelo futebol.
A morte de César Luis Menotti representa uma perda irreparável para o futebol argentino e mundial. Sua contribuição para o esporte vai muito além das conquistas em campo, marcando uma era de técnica, paixão e ousadia que jamais será esquecida. El Flaco deixará saudades, mas seu legado permanecerá vivo nos corações dos amantes do futebol.