Com a adição das duas sessões extras, o julgamento, inicialmente programado para se estender por três dias, agora terá a possibilidade de se prolongar ainda mais, dependendo da duração dos votos dos ministros. Morais solicitou essa alteração para evitar que um eventual voto extenso atrapalhasse o cronograma já estabelecido. Para facilitar essa mudança, a sessão plenária do STF que ocorreria no dia 11 de setembro teve que ser cancelada, uma medida que destaca a importância do julgamento em curso.
Entre os acusados estão figuras polêmicas como o ex-ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. Ambos são apontados como peças centrais na suposta trama golpista destinada a impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, vencedor das eleições de 2022. Os envolvidos enfrentam sérias acusações, incluindo a disseminação de informações falsas sobre fraudes nas eleições e tentativas de descredibilizar as urnas eletrônicas, ações que teriam sido articuladas em reuniões clandestinas e troca de mensagens.
A Primeira Turma do STF, composta por Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Flávio Dino, está responsável por decidir o destino dos réus, que correm o risco de condenação e, consequentemente, enfrentam possíveis penas severas. Em situações onde algum ministro solicitar vista, o que poderia ter como consequência um adiamento no julgamento, um prazo específico de 90 dias será dado para a devolução do processo ao tribunal.
À medida que o julgamento se desenrola, a expectativa é que novos desdobramentos e informações possam surgir, intensificando o debate sobre os eventos que cercaram a tumultuada transição de poder no Brasil. A decisão da Primeira Turma terá um impacto significativo não apenas nos envolvidos, mas também no cenário político do país.