Moraes solicita mais sessões para julgamento de Bolsonaro e aliados em caso de suposta tentativa de golpe; nova data é marcada para 11 de setembro.

O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, junto a sete de seus aliados, avança no Supremo Tribunal Federal (STF) e ganhou um novo capítulo com a convocação de sessões extras. O ministro Alexandre de Moraes, um dos principais articuladores do tribunal, solicitou que Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, adicionasse mais um dia ao calendário de deliberações. Essa decisão visa permitir uma análise mais aprofundada do caso, que tem atraído ampla atenção da sociedade e da mídia, e que já havia começado no dia 2 de setembro.

Com a adição das duas sessões extras, o julgamento, inicialmente programado para se estender por três dias, agora terá a possibilidade de se prolongar ainda mais, dependendo da duração dos votos dos ministros. Morais solicitou essa alteração para evitar que um eventual voto extenso atrapalhasse o cronograma já estabelecido. Para facilitar essa mudança, a sessão plenária do STF que ocorreria no dia 11 de setembro teve que ser cancelada, uma medida que destaca a importância do julgamento em curso.

Entre os acusados estão figuras polêmicas como o ex-ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. Ambos são apontados como peças centrais na suposta trama golpista destinada a impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, vencedor das eleições de 2022. Os envolvidos enfrentam sérias acusações, incluindo a disseminação de informações falsas sobre fraudes nas eleições e tentativas de descredibilizar as urnas eletrônicas, ações que teriam sido articuladas em reuniões clandestinas e troca de mensagens.

A Primeira Turma do STF, composta por Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Flávio Dino, está responsável por decidir o destino dos réus, que correm o risco de condenação e, consequentemente, enfrentam possíveis penas severas. Em situações onde algum ministro solicitar vista, o que poderia ter como consequência um adiamento no julgamento, um prazo específico de 90 dias será dado para a devolução do processo ao tribunal.

À medida que o julgamento se desenrola, a expectativa é que novos desdobramentos e informações possam surgir, intensificando o debate sobre os eventos que cercaram a tumultuada transição de poder no Brasil. A decisão da Primeira Turma terá um impacto significativo não apenas nos envolvidos, mas também no cenário político do país.

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