Moraes Refuta Acusações de Bolsonaro e Defende Integridade das Urnas em Dia Crucial do Julgamento do Ex-Presidente

No terceiro dia do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, as tensões se intensificaram com as afirmações do ministro Alexandre de Moraes, que se dirigiu diretamente às declarações polêmicas feitas por Bolsonaro durante uma transmissão ao vivo que levantou questões sobre a integridade do sistema eleitoral brasileiro. Moraes foi enfático ao afirmar que não existe qualquer evidência que corrobore a alegação de uma “sala escura” dentro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma ideia que tem circulado entre apoiadores do ex-presidente. O ministro também ressaltou que, ao longo de sua presidência no TSE, não houve registro de qualquer tipo de invasão ou fraude nas urnas eletrônicas utilizadas nas eleições.

Moraes recordou que foram realizados testes abertos dos sistemas da Justiça Eleitoral, nas quais partidos, a Polícia Federal e universidades participaram ativamente do processo, sempre com a garantia de transparência. Ele mencionou que, inclusive, Valdemar Costa Neto, líder do PL, e o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio, acompanharam esses testes pessoalmente, o que, segundo ele, desmascara alegações infundadas sobre a segurança das urnas. “Não existe sala escura alguma”, reforçou Moraes, ao sugerir que essa narrativa é parte de um plano mais amplo para deslegitimar a Justiça Eleitoral do Brasil.

Essas intervenções foram vistas como uma defesa vigorosa da integridade do processo eleitoral, que Moraes considerou estar sob ataque. Ele classificou as afirmações de Bolsonaro feitas na referida live como “mentiras criminosas”, que foram posteriormente amplificadas por redes de desinformação, levantando sérias preocupações sobre o dano à credibilidade das instituições democráticas. O julgamento, que continua nesta terça-feira, 9 de outubro, está sendo transmitido ao vivo, permitindo que o público acompanhe o desdobramento desse caso significativo, crucial para a manutenção da ordem democrática e a confiança dos cidadãos no sistema eleitoral do país.

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