Moraes enfatizou a autonomia do STF, reforçando que a corte opera de forma independente e não se submeterá a pressões externas, sejam elas de natureza política ou diplomática. Essa declaração ocorre em um contexto de crescente tensão nas relações entre Brasil e Estados Unidos, especialmente após a imposição das sanções, que foram vistas pelo governo brasileiro como uma violação da soberania nacional.
O ministro criticou as acusações de censura e repressão política feitas pela Casa Branca, afirmando que o processo contra Bolsonaro será conduzido dentro dos parâmetros legais e das garantias constitucionais estabelecidas. “Não existe a menor possibilidade de recuar nem um milímetro sequer”, afirmou Moraes, ressaltando seu compromisso com a justiça e com os direitos fundamentais.
Essas declarações de Moraes ilustram um momento crítico nas relações bilaterais, com o Brasil reafirmando sua postura de não aceitar interferências nas decisões do Judiciário. O governo federal vê as sanções como um ataque direto à independência de suas instituições, posicionando-se contra qualquer tentativa de influenciar o andamento do processo judicial relacionado ao ex-presidente.
Assim, a crise diplomática entre os dois países se agrava, com ambos os lados mantendo suas respectivas posições. Enquanto os Estados Unidos expressam preocupações sobre a situação política interna e o respeito aos direitos humanos, o Brasil reafirma seu compromisso com a soberania e a integridade de suas decisões judiciais, preparando o terreno para um intenso debate sobre a interferência internacional em questões internas.