A medida ocorre em um contexto onde Bolsonaro se encontra em prisão domiciliar desde a última segunda-feira, após ter violado as normas estabelecidas pela Justiça. Moraes havia decidido pela prisão ao concluir que o ex-presidente desrespeitou as restrições ao utilizar as redes sociais dos filhos, com o intuito de disseminar mensagens que poderiam incitar ataques ao STF e apoiar intervenções estrangeiras no Judiciário brasileiro. A decisão inicial proibia o uso de plataformas digitais, incluindo por meio de terceiros, e qualquer descumprimento levaria a severas consequências, como a que culminou na prisão domiciliar.
O pano de fundo da prisão é envolto em polêmicas e une a situação política do Brasil. Bolsonaro é acusado de tentar minar a credibilidade e a atuação do STF por meio de discursos e mensagens nas redes sociais. Recentemente, uma postagem do senador Flávio Bolsonaro, em que o ex-presidente aparecia fazendo uma comunicação direta aos seus apoiadores, foi removida devido à pressão da situação judicial. Esse ato foi descrito pelo ministro Moraes como um “flagrante desrespeito” às medidas impostas.
Além disso, a prisão domiciliar de Bolsonaro gerou intensas reações no cenário político brasileiro. Na mesma data em que a nova decisão foi anunciada, opositores do ex-presidente ocuparam os plenários da Câmara e do Senado em um ato de protesto, expressando sua insatisfação com a situação do ex-chefe do Executivo. Esse movimento revela a polarização política que permeia o país, com a defesa e crítica à administração de Bolsonaro ainda ressoando fortemente em diversos setores da sociedade.
A reavaliação do regime de visitas reforça a complexidade do caso e o ambiente tumultuado em que Brasil se encontra, refletindo a contínua batalha entre o poder judiciário e o ex-presidente. A situação é um lembrete constante das tensões que caracterizam a política brasileira nos dias atuais.