A solicitação de Garnier se baseava na alegação de que precisava de cuidados regulares com a higiene pessoal. No entanto, Moraes optou não conceder a autorização, afirmando que o ex-comandante deve obedecer ao “regramento geral da Marinha”, o que implica que todos os detentos devem seguir as mesmas regras, sem a concessão de privilégios especiais em relação a serviços como corte de cabelo ou outros cuidados estéticos.
O despacho do ministro, que inclui essa decisão, também determina que a negativa seja comunicada à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Comando de Operações Navais. Isso mostra não apenas a gravidade da situação de Garnier, mas também a aplicação uniforme da legislação e das normas que regem o sistema prisional, mesmo em casos envolvendo figuras de alta patente como ele.
Desde novembro do ano passado, o almirante está detido, resultado de sua condenação que reflete um momento crítico na história política do Brasil, onde tentativas de interferir na ordem democrática levantam preocupações sobre a integridade das instituições. A decisão de Moraes pode ser vista como um movimento para reafirmar a igualdade perante a lei e a necessidade de responsabilização, independentemente do status ou posição do condenado.
O caso de Almir Garnier Santos não apenas sinaliza o rigor que o sistema judiciário está adotando em relação a crimes que ameaçam a democracia, mas também levanta questões sobre os direitos e regalias de detentos em situações excepcionais, demonstrando que, em última análise, a justiça deve prevalecer, a despeito das circunstâncias individuais.
