Desde a sua prisão em março de 2023, Débora contava com um regime prisional severo, que agora foi alterado para a prisão domiciliar, acompanhada pelo uso de tornozeleira eletrônica. Essa decisão foi tomada pelo STF, que impôs ainda limitações rigorosas, como proibição de uso de redes sociais, entrevistas e até mesmo de manter contato com outros réus envolvidos na mesma ação. Além disso, a cabeleireira não pode receber visitas, o que tem sido um ponto controverso entre aqueles que apoiam sua defesa.
A mulher foi condenada a uma pena de 14 anos de reclusão, com as acusações que incluem a abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, e grave ameaça contra o patrimônio da União. Sua defesa já formalizou um pedido de progressão de regime, argumentando que o tempo já cumprido deveria ser considerado para uma nova avaliação.
O caso de Débora Rodrigues reverberou entre os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que veem a punição como excessiva e desproporcional, clamando por uma anistia ampla para aqueles que, segundo eles, foram injustamente penalizados em relação aos incidentes de janeiro. Esse movimento para a anistia se intensifica no contexto político atual, onde diversas vozes estão se levantando em defesa dos direitos dos presos políticos, refletindo uma polarização que ainda persiste no Brasil.
O futuro da cabeleireira e de outros que compartilham da mesma situação segue incerto, especialmente em um clima político tão divisivo, onde a interpretação da justiça e do estado de direito continua a ser um tema central no debate público.