A decisão de Moraes surgiu após uma solicitação formal de Martins, que argumentou que não havia sido indiciado pela PF ao final das investigações. Vale destacar que as apurações conduziram à condenação de Zambelli, que enfrenta uma pena de dez anos de prisão. O pedido de Martins foi apoiado tanto pela PF quanto pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o que levou o ministro a aceitar a retorno dos materiais apreendidos.
Esse desdobramento traz à tona uma discussão importante sobre as implicações legais e éticas que cercam o uso de tecnologia em atividades criminosas, especialmente em casos envolvendo figuras políticas. O caso Zambelli, que ganhou ampla visibilidade na mídia e suscitou debates acerca da segurança cibernética das instituições nacionais, ilustra os riscos relacionados à proteção dos dados públicos e à vulnerabilidade dos sistemas governamentais.
A decisão de Moraes também pode ser vista como um sinal de que a Justiça está atenta à complexidade dos crimes digitais e ao papel dos envolvidos, o que inclui a avaliação das provas apresentadas durante as investigações. O procedimento visa esclarecer as responsabilidades e as conexões entre o hacker e a deputada, que, ao ser condenada, teve seu papel colocado sob intensa análise pública e judicial.
Com a devolução do equipamento, espera-se que Martins possa utilizá-lo de maneira mais consciente, resgatando, assim, sua autonomia em um cenário marcado por grande tensão política e jurídica. O caso permanece em evidência, dado seu impacto nas narrativas sobre corrupção e a integridade das instituições brasileiras.
