Em seu despacho, Moraes especificou que as visitas poderão ser realizadas tanto de forma presencial quanto virtual, abrangendo familiares diretos, como esposa, filhos, pais e irmãos. No entanto, a autorização está condicionada às normas estabelecidas pelo batalhão e aos dias e horários previamente designados. Além disso, advogados do réu que possuírem procurações também terão a possibilidade de visitá-lo.
Marcelo Costa Câmara foi preso preventivamente no dia 18 de outubro. Após uma audiência de custódia, o STF decidiu em continuidade à detenção do ex-assessor na quinta-feira, 19 de outubro. Ele é uma das figuras centrais na investigação sobre uma conspiração golpista e está sob suspeita de tentar obter informações sigilosas sobre a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. Essa suposta ação poderia ser caracterizada como obstrução de justiça, e a condução dos eventos suscita preocupações em relação à integridade do processo judicial.
Uma das táticas utilizadas por Câmara, segundo a acusação, incluiria a troca de mensagens com Cid através de um perfil falso no Instagram. O advogado de Câmara, Eduardo Kuntz, levantou essa questão em seu pedido para anular a delação premiada de Cid, o que evidencia a complexidade e as ramificações do caso.
O ministro Moraes previamente havia determinado que Câmara ficasse impedido de usar redes sociais, seja diretamente ou por intermédio de terceiros, e de manter contato com outros investigados durante o período em que estavam ocorrendo as comunicações eletrônicas. Esta medida visa garantir que a investigação não seja comprometida em decorrência de interferências externas. No contexto político e judicial atual, a situação de Câmara continua a ser acompanhada de perto, dado o seu papel central em um caso que envolve a alta cúpula militar e questões delicadas de democracia e governança no Brasil.