Os residentes da área, sem qualquer acompanhamento oficial de bombeiros ou policiais, têm se aventurado em uma região conhecida como Pedreira, onde já foram retirados os corpos de dois homens. A situação é alarmante, uma vez que a busca se desenrola em um terreno íngreme e de mata densa, o que dificulta ainda mais os esforços da comunidade.
Os esforços dos moradores resultaram em 72 corpos sendo levados para a Praça São Lucas, uma das principais vias locais, durante a madrugada e manhã subsequente à operação. De acordo com relatos, todos os corpos encontrados pertencem a homens e estavam localizados na mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, ponto crítico onde os confrontos entre policiais e traficantes se intensificaram.
Autoridades, incluindo o governador Cláudio Castro, caracterizaram a operação como um “sucesso”, insistindo que apenas os quatro policiais mortos deveriam ser considerados vítimas desse trágico evento. No entanto, a comunidade local vive uma realidade diferente e clama por respostas sobre as mortes que não se encaixam nessa narrativa oficial.
A situação se torna ainda mais crítica, pois o Instituto Médico-Legal no centro da cidade foi temporariamente fechado para realizar as necrópsias dos falecidos durante a megaoperação, deslocando o atendimento aos familiares para um posto do Detran nas proximidades. O clima de indignação e incerteza paira sobre a comunidade, que se vê em uma busca desesperada por justiça e esclarecimento diante de um panorama repleto de mortes e dor.
