Essa operação, considerada a mais letal da história do Brasil, resultou em 121 mortes, entre as quais quatro pertenciam às forças policiais. Durante sua manifestação, o morador fez alusão à recompensa de R$ 100 mil oferecida pelo Disque Denúncia por informações sobre o traficante Edgard Alves de Andrade, conhecido como “Doca”. Sua declaração, marcada por um forte tom de desprezo, alude à frustração de quem vive a dureza da violência, considerando a recompensa um afronta em meio ao luto das famílias que perderam seus entes queridos.
Com o Instituto Médico-Legal (IML) realizando as necropsias e liberando os corpos para os familiares, o ambiente nas comunidades permanece tenso e cheio de desconfiança. A Defensoria Pública acompanha o processo de reconhecimento dos corpos, enquanto relatos sobre as ações abusivas das forças de segurança emergem nas conversas diárias dos moradores. O governo estadual, que caracteriza a operação como “necessária”, enfrenta uma onda de críticas, que se intensifica, refletindo a insatisfação tanto dentro das favelas quanto nas áreas mais amplas da sociedade.
O cenário atual evidencia uma crescente divisão entre os governantes e a população, onde a luta pelo direito à vida e dignidade se torna cada vez mais evidente. As opiniões e sentimentos expressos por aqueles que habitam essas comunidades ressaltam uma necessidade urgente de reconhecimento e diálogo, enquanto o clamor por justiça e segurança se intensifica em meio ao luto coletivo.
