As chuvas não apenas exacerbaram os danos trazidos pela destruição da vegetação, mas também causaram uma série de problemas de infraestrutura. A falta de vegetação que, em condições normais, ajudaria a absorver a água da chuva, resultou em sérios alagamentos, transformando ruas em verdadeiros rios de lama. Além disso, a dificuldade de escoamento das águas pluviais causou a queda de postes e, consequentemente, a interrupção do fornecimento de energia elétrica por mais de 24 horas. Esses problemas afetaram diretamente a vida dos residentes, que se mobilizaram para organizar uma manifestação na entrada da cidade, com o objetivo de chamar a atenção da concessionária Equatorial, responsável pela energia na região, para que a normalidade no fornecimento fosse restabelecida.
A situação gerou uma onda de indignação que alcançou as autoridades locais. O Ministério Público foi acionado para investigar a questão, pedindo esclarecimentos ao Instituto do Meio Ambiente (IMA) sobre o cumprimento das normas ambientais por parte da construtora envolvida no empreendimento. O órgão também busca confirmar se o desmatamento realmente ocorreu em áreas legalmente protegidas. Enquanto a comunidade aguarda respostas e ações efetivas, a preocupação com os impactos ambientais e sociais da situação continua a crescer, refletindo um apelo urgente por proteção e respeito às leis que garantem a preservação da vegetação nas áreas sensíveis do município. O futuro da localidade e a qualidade de vida de seus moradores dependem de medidas que garantam a integridade ambiental e a justiça social.