Moradores de Maceió protestam após 2 anos sem realocação devido a problemas causados pela extração de sal-gema pela Braskem.

Na manhã desta segunda-feira, 4 de setembro, moradores do bairro do Bebedouro, em Maceió, mobilizaram-se em um protesto no canteiro de obras da Braskem. A ação foi uma forma de apoio aos residentes da comunidade dos Flexais, que enfrentam consequências prejudiciais decorrentes do afundamento do solo resultante da extração de sal-gema pela empresa.

Este ato de descontentamento vem à tona após dois anos de promessas não cumpridas por parte da Braskem. Os moradores reivindicam a realocação e melhorias nas condições habitacionais, uma vez que, segundo eles, o local apresenta riscos elevados para a saúde e segurança. A mobilização contou com cartazes que expressavam a insatisfação coletiva com os atrasos na implementação de acordos celebrados entre a empresa, o Ministério Público e a Prefeitura de Maceió.

Amaurício Sarmento, membro da Associação do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem, destacou a frustração dessa comunidade, que, segundo ele, sente-se invisibilizada e abandonada. “Faz dois anos que foram feitos acordos, mas a realidade é que 3.200 pessoas ainda estão aqui, sem qualquer esperança de realocação. A situação tem se prolongado, e quantas vidas precisam ser sacrificadas para que sejamos ouvidos?” indagou Sarmento, trazendo à tona a grave realidade enfrentada por muitos.

Os protestos são intensificados pela percepção de desigualdade nas ações de evacuação, onde outras áreas afetadas receberam assistência prioritária, enquanto a comunidade dos Flexais segue sem resposta efetiva. A indignação é palpável e reflete a busca por justiça, dignidade e condições adequadas de moradia. O movimento, que reúne diferentes gerações e diversos segmentos da sociedade, busca chamar a atenção das autoridades e da mídia para a urgência da situação enfrentada.

Neste contexto, a pressão por soluções efetivas e imediatas apontam para a necessidade de um diálogo mais aberto e ações mais eficazes que atendam realmente as demandas dos moradores afetados. Os protestantes esperam que a visibilidade gerada por essa manifestação possa impulsionar o desenrolar de promessas que ainda estão longe de se concretizar.

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