Este ato de descontentamento vem à tona após dois anos de promessas não cumpridas por parte da Braskem. Os moradores reivindicam a realocação e melhorias nas condições habitacionais, uma vez que, segundo eles, o local apresenta riscos elevados para a saúde e segurança. A mobilização contou com cartazes que expressavam a insatisfação coletiva com os atrasos na implementação de acordos celebrados entre a empresa, o Ministério Público e a Prefeitura de Maceió.
Amaurício Sarmento, membro da Associação do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem, destacou a frustração dessa comunidade, que, segundo ele, sente-se invisibilizada e abandonada. “Faz dois anos que foram feitos acordos, mas a realidade é que 3.200 pessoas ainda estão aqui, sem qualquer esperança de realocação. A situação tem se prolongado, e quantas vidas precisam ser sacrificadas para que sejamos ouvidos?” indagou Sarmento, trazendo à tona a grave realidade enfrentada por muitos.
Os protestos são intensificados pela percepção de desigualdade nas ações de evacuação, onde outras áreas afetadas receberam assistência prioritária, enquanto a comunidade dos Flexais segue sem resposta efetiva. A indignação é palpável e reflete a busca por justiça, dignidade e condições adequadas de moradia. O movimento, que reúne diferentes gerações e diversos segmentos da sociedade, busca chamar a atenção das autoridades e da mídia para a urgência da situação enfrentada.
Neste contexto, a pressão por soluções efetivas e imediatas apontam para a necessidade de um diálogo mais aberto e ações mais eficazes que atendam realmente as demandas dos moradores afetados. Os protestantes esperam que a visibilidade gerada por essa manifestação possa impulsionar o desenrolar de promessas que ainda estão longe de se concretizar.