Moradores de Guaxuma Protestam Contra Construção de Estação Elevatória de Esgoto em Área Verde e Reclamam de Falta de Diálogo com Prefeitura

Na manhã desta segunda-feira, 11 de setembro, um grupo de moradores do Loteamento Gurguri, localizado em Guaxuma, promoveu um protesto significativo contra a proposta da construção de uma estação elevatória de esgoto em uma área verde na entrada do conjunto habitacional. O ato, realizado na guarita do loteamento, mobilizou diversos integrantes da comunidade, que expressaram sua indignação em relação à decisão da Prefeitura de Maceió. Os cidadãos alegam que a construção poderia trazer sérios impactos ambientais e denunciou a falta de diálogo por parte das autoridades locais.

Sem contar com assessoria técnica da prefeitura, os moradores decidiram agir por conta própria e contrataram uma empresa de engenharia ambiental com sede no Recife. O estudo realizado pelos especialistas apontou uma alternativa viável para a instalação da estação elevatória, que não só diminuiria os custos envolvidos, mas também reduziria os impactos ambientais. Além disso, a nova localização sugerida afastaria a construção de frente às residências da comunidade, um ponto que preocupa os moradores.

Apesar das evidências apresentadas, a prefeitura mantém sua posição em favor da construção da estação na entrada do loteamento, próximo à rodovia AL-101 Norte, o que tem gerado mais revolta entre os moradores que já se mobilizaram em outras ocasiões para discutir a questão. Além das preocupações financeiras e de qualidade de vida, os manifestantes também destacaram a possível violação do Código Municipal de Meio Ambiente de Maceió. Este código protege áreas de Mata Atlântica, classificando-as como Áreas de Preservação Permanente (APPs), e inclui locais significativos como o Parque Municipal e a vegetação em torno da Laguna Mundaú.

Uma moradora da localidade enfatizou a necessidade de que o governo municipal reconsidere sua decisão e leve em conta a proposta técnica apresentada pela comunidade: “O prefeito JHC e o vice-prefeito Rodrigo Cunha precisam ouvir os cidadãos que pagam seus impostos”, argumentou, acrescentando que é essencial respeitar as leis ambientais e urbanísticas.

O protesto desta manhã representa a segunda mobilização dos moradores contra a obra, e novos atos estão previstos, caso a administração municipal não reveja sua posição. Para a Secretaria Municipal de Infraestruturas (Seminfra), a obra é considerada de interesse público, prometendo melhorias significativas para a saúde e bem-estar da população, além de não causar danos ambientais. No entanto, os moradores permanecem firmes em sua luta, priorizando a preservação de suas residências e do meio ambiente.

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