Sem contar com assessoria técnica da prefeitura, os moradores decidiram agir por conta própria e contrataram uma empresa de engenharia ambiental com sede no Recife. O estudo realizado pelos especialistas apontou uma alternativa viável para a instalação da estação elevatória, que não só diminuiria os custos envolvidos, mas também reduziria os impactos ambientais. Além disso, a nova localização sugerida afastaria a construção de frente às residências da comunidade, um ponto que preocupa os moradores.
Apesar das evidências apresentadas, a prefeitura mantém sua posição em favor da construção da estação na entrada do loteamento, próximo à rodovia AL-101 Norte, o que tem gerado mais revolta entre os moradores que já se mobilizaram em outras ocasiões para discutir a questão. Além das preocupações financeiras e de qualidade de vida, os manifestantes também destacaram a possível violação do Código Municipal de Meio Ambiente de Maceió. Este código protege áreas de Mata Atlântica, classificando-as como Áreas de Preservação Permanente (APPs), e inclui locais significativos como o Parque Municipal e a vegetação em torno da Laguna Mundaú.
Uma moradora da localidade enfatizou a necessidade de que o governo municipal reconsidere sua decisão e leve em conta a proposta técnica apresentada pela comunidade: “O prefeito JHC e o vice-prefeito Rodrigo Cunha precisam ouvir os cidadãos que pagam seus impostos”, argumentou, acrescentando que é essencial respeitar as leis ambientais e urbanísticas.
O protesto desta manhã representa a segunda mobilização dos moradores contra a obra, e novos atos estão previstos, caso a administração municipal não reveja sua posição. Para a Secretaria Municipal de Infraestruturas (Seminfra), a obra é considerada de interesse público, prometendo melhorias significativas para a saúde e bem-estar da população, além de não causar danos ambientais. No entanto, os moradores permanecem firmes em sua luta, priorizando a preservação de suas residências e do meio ambiente.