Moradores de Conglomerados de Brasília Protestam em Defesa de Imóveis Irregulares e Bloqueiam Via com Incêndio em Resposta a Ações do DF Legal.

Na manhã desta quinta-feira (4), moradores dos Conglomerados Agrourbanos de Brasília (Caub), localizados no Riacho Fundo, organizaram uma manifestação na DF-480, na interseção com a DF-065, próximo ao viaduto do Periquito. O protesto, que contou com a participação de cerca de 30 manifestantes, gerou tensão na região, uma vez que os protestantes incendiaram materiais colocados na pista e ameaçaram realizar ações semelhantes em vias internas do condomínio.

A manifestação ocorre em resposta às ações de remoção de construções irregulares realizadas pela Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal, conhecida como DF Legal. Nos últimos dias, a equipe da DF Legal executou uma grande operação que resultou na derrubada de imóveis no condomínio conhecido como “Catetinho”, uma área marcada por ocupações irregulares. Os moradores, que se sentem ameaçados pela remoção de suas habitações, decidiram se manifestar contra a situação, bloqueando a via com barreiras feitas de pneus e madeiras, que foram incendiadas durante o ato.

O bloqueio da via resultou em um longo congestionamento logo pela manhã. No entanto, uma das faixas da estrada já foi liberada para circulação, segundo informações da Polícia Militar do DF. O corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal também foi acionado e prontamente controlou o incêndio causado pelos manifestantes.

As ações de desocupação da DF Legal têm gerado bastante polêmica. Desde o início da operação na segunda-feira (1º), foram demolidas diversas edificações que ocupam áreas consideradas irregulares. O governo alega que o lugar é um parcelamento urbano irregular, situado em área rural, o que impossibilita sua regularização.

Além disso, a administração local informou que todos os residentes da área receberam notificações em 2024 sobre a situação de suas propriedades. Após a intimação, muitos buscaram recursos administrativos, que foram negados por diversas instâncias, incluindo a Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab). Relata-se ainda que, embora tenham recebido propostas de auxílio do Governo do Distrito Federal, os moradores optaram por recusá-las. A situação continua a ser tensa, com os residentes buscando uma solução para suas demandas e os órgãos governamentais tentando cumprir as determinações legais.

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