Moradores da Asa Norte Enfrentam a Insegurança em Meio à Escuridão
Na Asa Norte, especialmente nas quadras finais, a falta de iluminação pública tem gerado um clima de insegurança entre os moradores. Os relatos de cidadãos que vivem na região retratam uma realidade alarmante: a escuridão predominante nas ruas atrai comportamentos indesejados, como furtos e assaltos, aumentando a sensação de vulnerabilidade.
Um dos locais mais críticos é o complexo viário Governador Roriz, logo após a Ponte do Bragueto, onde muitos postes de iluminação estão apagados. Durante uma visita ao local, notou-se que, à noite, a única iluminação provinha dos faróis dos carros, dificultando a segurança de quem transita pela área. Fregueses habituais afirmam que essa situação persiste desde a inauguração da obra, levando ao receio de passar por ali, seja a pé ou de bicicleta.
Moradores locais, como o prefeito da 416 Norte, Ronaldo Weigand, têm se mobilizado para buscar soluções. Weigand revelou que já abriu diversos protocolos na Companhia Energética de Brasília (CEB) para relatar o problema. Recentemente, uma equipe fez reparos, mas a fonte de iluminação voltou a falhar após uma chuva. A ineficiência dos serviços deixou a população em um estado de desespero.
Os moradores acreditam que a falta de iluminação não apenas facilita a ação de delinquentes, como também atrai pessoas em situação de rua. A residente Mariana Rigo, que vive na região há 42 anos, expressou sua preocupação: “A sensação de vulnerabilidade é muito grande. Não deixamos nossas crianças sozinhas devido ao medo das situações constrangedoras que ocorrem nas proximidades.”
A situação se agrava com o aumento do número de moradores de rua, que frequentemente incomodam os comerciantes locais e criam um clima hostil nas áreas de lazer. Um síndico da região, Marivand Maia, mencionou que o baixo policiamento tem sido um fator crucial para a insegurança crescente. Ele relatou um caso recente em que seu prédio foi depredado, evidenciando a necessidade urgente de ações efetivas.
A insegurança também impacta as atividades diárias dos moradores, como o estudante Rafael Augusto, de 14 anos, que descreveu a tensão ao retornar para casa. Ele afirmou que o caminho escuro é repleto de incertezas, tornando cada saída uma experiência carregada de medo.
Enquanto as reclamações crescem, a CEB reconheceu os problemas – incluindo furtos de cabos que comprometem a iluminação – e informou que equipes de manutenção estão atuando na região. Por sua vez, a Polícia Militar mencionou que os índices de criminalidade têm diminuído, embora a realidade dos moradores pareça contradizer essas afirmações.
Diante deste quadro, os cidadãos da Asa Norte clamam por soluções práticas que garantam mais segurança e o restabelecimento da iluminação pública, especialmente em uma comunidade que anseia pela tranquilidade e proteção de suas famílias.
