No final de novembro, Andréa afirma ter recebido um e-mail de uma empresa contratada pela Braskem, informando que deveria retirar seus pertences do imóvel até o dia 25 daquele mês, sob pena de que a construção seria derrubada. A moradora tentou buscar esclarecimentos junto à Defesa Civil, mas lamenta não ter conseguido falar com o coordenador do órgão. “Fui ameaçada para tirar minhas coisas, senão iriam derrubar assim mesmo”, desabafou.
Em um vídeo divulgado, Andréa mostra o local onde sua casa antes estava e destaca a ameaça que recebeu de advogados e funcionários da Braskem, que alegavam possuir um documento irregular que autorizava a demolição. Ela se questiona sobre a legalidade da ação: “Como mandam derrubar um imóvel sem autorização legal, sem alvará judicial? Eu não recebi indenização, então, a Braskem não é dona da minha casa”, enfatizou.
Conforme sua explicação, há um processo judicial em andamento que deveria barrar qualquer ação relacionada ao imóvel. “Não se sabe quando isso será resolvido, pois o processo está em Recife e pode chegar até Brasília”, disse, referindo-se ao que considera uma “injustiça” e um desrespeito aos direitos dos proprietários que enfrentam a deterioração e as consequências do afundamento do solo na área.
Em resposta às acusações, a Defesa Civil de Maceió justificou a demolição, afirmando que foi uma ação emergencial devido a rachaduras na edificação, que representava risco à segurança, especialmente devido à proximidade com o Edifício Albarello, cuja demolição já está em andamento.
A situação levanta questões sobre os direitos dos moradores e a gestão das autoridades locais em situações de emergência. Andréa, furiosa, registrou um Boletim de Ocorrência e pretende abrir um inquérito policial, em busca de esclarecimentos sobre a situação em que se vê envolvida. A comunidade local observa atentamente, ciente de que questões semelhantes podem afetar outras residências na região.