A avaliação da Moody’s reflete a capacidade do governo para honrar suas obrigações financeiras de longo prazo e possibilita a emissão de títulos do Tesouro, que são fundamentais para a captação de recursos. No entanto, a agência expressou preocupação com o desempenho fiscal do país, projetando uma deterioração em relação ao seu histórico e em comparação com outras nações de alto nível de classificação.
O relatório da Moody’s indica que os déficits fiscais federais podem se expandir drasticamente, alcançando quase 9% do PIB até 2035, em comparação com 6,4% registrado em 2024. Essa tendência é atribuída a um aumento nos pagamentos de juros da dívida, gastos requisitados com programas sociais e uma arrecadação fiscal considerada baixa. Com o crescimento dessa dívida, espera-se que o índice da dívida federal alcance impressionantes 134% do PIB em 2025, enquanto atualmente é de cerca de 98%.
Apesar dessas projeções desafiadoras, a Moody’s não prevê um colapso imediato da economia dos EUA, ainda que uma desaceleração possa ser esperada a curto prazo. Essa nuance é um alívio para investidores, que olham com atenção para as implicações desse rebaixamento na confiança do mercado.
Esse cenário cria um dilema para policymakers, que enfrentam a tarefa complexa de equilibrar a necessidade de estabilizar as contas públicas enquanto fomentam o crescimento econômico. Com uma estrutura de dívida em expansão, os desafios fiscais dos Estados Unidos se tornam cada vez mais evidentes, aumentando a pressão sobre o governo para agir de maneira eficiente e responsável.
A reação do mercado a essa reavaliação será acompanhada de perto, uma vez que a confiança dos investidores é fundamental para a saúde econômica do país. Neste contexto, a Moody’s reforça a necessidade de um planejamento fiscal sólido e estratégias de longo prazo para gerenciar a crescente carga da dívida pública.