Os vídeos, obtidos com exclusividade pelo Metrópoles, mostram uma das monitoras fechando com força a porta da sala e mandando as crianças se sentarem quietas. Em outro trecho, é possível ver a mesma funcionária pegando um objeto do chão e batendo contra um armário, num gesto que denota agressividade. Além disso, os gritos da monitora são claramente audíveis, com expressões como “Não tô de graça, não, cara. Dá licença” sendo proferidas de forma acintosa.
Outro vídeo chocante mostra um garotinho sendo deixado do lado de fora da sala, pulando e sem poder entrar, em um suposto castigo que teria durado cerca de 30 minutos. A situação tem preocupado os pais das crianças, que se sentem inseguros ao deixar seus filhos na creche.
Uma mãe, que prefere não ser identificada, revelou que houve uma reunião entre a direção da escola e os pais para tratar do caso, porém, a falta de transparência na explicação e a postura da representante da instituição deixaram as mães ainda mais indignadas. A sugestão de instalação de câmeras de segurança para monitorar o comportamento das monitoras foi recebida com resistência por parte da direção, gerando conflitos na reunião.
A Secretaria de Educação do Distrito Federal informou que está ciente do caso e que a corregedoria da pasta irá investigar os fatos. Em nota, a SEEDF reiterou que repudia as atitudes mostradas nos vídeos e enfatizou o compromisso em garantir um ambiente seguro e acolhedor para as crianças.
No entanto, as perguntas sobre o afastamento das monitoras envolvidas e a possibilidade de instalação de câmeras de segurança nas salas da creche ficaram sem resposta por parte da secretaria. A população aguarda por esclarecimentos e medidas concretas para garantir a segurança e o bem-estar das crianças que frequentam o Cepi Olhos D’Água.
O Metrópoles continuará acompanhando de perto esse caso e dando voz às denúncias da comunidade, em busca de justiça e proteção para as crianças que são parte integrante dessa instituição educacional.