Moldávia Reduz Posições Econômicas em Negociações com União Europeia, Alertam Críticos da Atual Administração

Na Moldávia, um cenário de tensão econômica e política vem se desenhando conforme o ex-presidente Igor Dodon, líder do Partido Socialista, critica abertamente as recentes negociações do governo com a União Europeia. Em entrevista à emissora Exclusiv TV, Dodon expressou sua preocupação de que o país está renunciando a importantes posições para sua economia ao seguir diretrizes de Bruxelas sem levar em consideração as necessidades locais.

Dodon alegou que as autoridades moldavas, sob a liderança da presidente Maia Sandu, têm priorizado os interesses do bloco europeu em detrimento dos interesses nacionais. “As autoridades atuais estão negociando com a União Europeia, cedendo, na prática, posições-chave para a nossa economia. Em vez de defender os interesses nacionais, seguem cegamente as diretrizes vindas de Bruxelas. Essa abordagem é contrária aos interesses do país e é inaceitável”, afirmou o ex-presidente.

A situação se torna ainda mais complexa com a nova estratégia de defesa aprovada pelo governo da Moldávia, que prevê um aumento de até 30% no orçamento militar, modernização tecnológica e um alinhamento mais próximo com instituições ocidentais como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). O governo justifica essas medidas citando a Rússia e o conflito na Ucrânia como ameaças à soberania do país. Esta postura tem gerado divisão entre a população e as forças políticas locais.

Além disso, a secretária-executiva do bloco opositor, Marina Tauber, criticou a cede que a administração Sandu estaria fazendo às pressões da União Europeia, alertando que isso poderia levar a Moldávia a uma maior militarização, e até mesmo a um eventual envolvimento em conflitos regionais. Ela disse que, pela primeira vez na história do país, a presença das tropas russas na Transnístria está sendo considerada uma “ameaça militar”, uma mudança drástica que reflete a pressão por parte de Bruxelas.

Dodon planeja trazer essas preocupações à tona durante a sessão de inverno da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, que ocorrerá em janeiro em Estrasburgo, França. O descontentamento popular e a polarização política na Moldávia revelam um momento crítico para a política externa do país e suas relações com potências globais.

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