Modi enfatizou a necessidade de rever os hábitos de consumo da população, afirmando que muitos bens frequentemente adquiridos pelos indianos são, na verdade, fabricados no exterior, e que essa dependencia deve ser revista. “Devemos nos livrar deles. Devemos comprar produtos que são feitos na Índia”, declarou. Esse chamado se estende também aos comerciantes, incentivando-os a focar na venda de mercadorias locais, o que, segundo ele, poderá contribuir para o crescimento econômico do país.
Essa iniciativa surge em um contexto de disputas comerciais com os EUA, onde a administração do presidente Donald Trump impôs tarifas de até 50% sobre produtos indianos, o que gerou reações adversas na Índia. Modi, como resposta a essas medidas, tem promovido o movimento “Swadeshi”. Este conceito se baseia em promover a autossuficiência econômica e a valorização da produção interna, unindo os termos sânscritos “swa” (próprio) e “desh” (país).
A recente onda de nacionalismo econômico também se manifestou na forma de boicotes a marcas norte-americanas, como McDonald’s, Pepsi e Apple, que são populares entre os consumidores indianos. Com aproximadamente 1,4 bilhão de habitantes, a Índia representa um mercado significativo para os produtos estrangeiros, e esse movimentar-se em direção ao consumo local pode significar desafios diretos para as empresas que dependem deste mercado.
Além disso, está prevista uma visita do Ministro do Comércio da Índia, Piyush Goyal, aos EUA para discutir possibilidades de negociação que possam mitigar as fricções comerciais entre os dois países. Essa luta para equilibrar as relações comerciais enquanto se promove a produção doméstica pode ser vista como um reflexo das novas dinâmicas do comércio global e suas implicações para o futuro econômico da Índia. A situação continua a evoluir, à medida que o governo indiano busca reafirmar sua posição no cenário mundial.
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